O PPR como uma boa aposta para a sua reforma
SafeBrok - 23 de abr. de 2024
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Planear o futuro financeiro é fundamental em qualquer fase da nossa vida. Quer seja para garantir uma reforma tranquila ou para enfrentar certos imprevistos, investir de forma inteligente é um bom primeiro passo. Neste contexto, os Planos de Poupança e Reforma (PPR) surgem como uma ferramenta valiosa para quem procura construir uma base financeira sólida e assegurar um futuro mais estável. Neste artigo, vamos explorar a importância dos PPR com o objetivo de entender de que forma estes podem ser parte crucial de uma estratégia de investimento a longo prazo.
Em todo o caso, qualquer que seja a sua aposta, entre as diferentes possibilidades de investimento de poupança, esta deve sempre resultar de uma análise cuidada às características do produto, compreendendo as vantagens e desvantagens do mesmo, de forma a tomar a melhor decisão.
O que é um PPR?
Trata-se de um produto financeiro de poupança a longo prazo, geralmente oferecido por instituições financeiras como bancos e seguradoras, cujo principal objetivo é oferecer às pessoas a possibilidade de pouparem dinheiro com o objetivo de financiar a sua reforma.
É neste contexto que os contribuintes podem fazer depósitos periódicos ou investimentos únicos através do PPR, podendo ainda usufruir de benefícios fiscais associados a este tipo de poupança. No que diz respeito aos fundos de um PPR, estes são normalmente investidos numa grande variedade de ativos, com o objetivo de aumentar o valor a longo prazo de forma a garantir uma renda estável durante todo o período de reforma.
Vantagens de um PPR
Quando pensamos nas vantagens dos PPR, a primeira coisa que nos chama a atenção são os benefícios fiscais, resultado de um regime fiscal vantajoso marcado pelo benefício de entrada e de saída.
1. Benefício fiscal de entrada
Com a subscrição deste produto, é possível deduzir à coleta de IRS até 20% dos montantes aplicados num PPR, variando o montante máximo de dedução consoante a idade do subscritor:
Com menos de 35 anos pode deduzir até 400€, desde que aplique 2 000€ no PPR do ano em vigor;
Entre os 35 e os 50 anos, o limite máximo admitido é 350€, desde que se aplique 1 750€;
A partir dos 50 anos, pode deduzir até 300€, desde que aplique 1 500€.
2. Benefício fiscal de saída
No entanto, o benefício fiscal associado aos PPR não se limita ao momento da subscrição. Por um lado, a tributação das mais-valias só é feita no momento do resgate, o que vai permitir a capitalização total dos juros; por outro lado, se o resgate for feito dentro das condições legais, a taxa a aplicar é de apenas 8%, em vez dos 28% aplicados à maioria dos produtos de poupança.
Desta forma, e apesar de, segundo as condições legais, a tributação das mais-valias de um PPR ser de 8%, nos casos de resgate fora destas mesmas condições, a taxa sobre os rendimentos de um PPR é de:
21,5%, para PPR com duração inferior a 5 anos;
17,2%, para PPR com prazo entre 5 e 8 anos;
8,6%, para PPR com prazo superior a 8 anos.
Como subscrever um PPR
Agora que já conhece os benefícios fiscais de um PPR, importa saber como o pode subscrever, sendo que são normalmente os bancos e as companhias de seguros as entidades que comercializam estes produtos.
Neste sentido, antes de avançarmos com uma subscrição, devemos analisar devidamente toda a informação e condições gerais do produto, de forma a escolher os que mais se ajustam aos nossos objetivos financeiros.
É fundamental termos sempre em consideração em que condições devemos solicitar o reembolso do PPR ou resgatar o mesmo, nomeadamente em termos de tributação dos rendimentos, das comissões a que estão sujeitos e do próprio perfil de risco.
Posto isto, importa ainda saber que em Portugal existem dois tipos de PPR:
Fundos PPR: investem em ativos financeiros e têm uma maior componente accionista que, por sua vez, os torna apostas mais arriscadas por não terem capital garantido.
Seguros PPR: estão associados a contratos de seguros e, por isso, têm uma maior componente obrigacionista, tendo naturalmente capital garantido.
Posso resgatar o PPR antes da reforma?
Naturalmente, a maioria dos PPR têm um período de retenção específico, durante o qual o resgate pode resultar em penalizações financeiras. No entanto, em algumas situações, será possível resgatar o nosso investimento sem penalizações.
Neste sentido, as condições previstas para evitar penalizações são:
Idade acima dos 60 anos;
Reforma por velhice;
Se algum membro do seu agregado familiar estiver desemprego há mais de ano, incapacitado ou com doença grave.
Investir em produtos de poupança
Posto isto, é fácil concluir que os PPR podem ser bastante vantajosos quando falamos em produtos de poupança. No entanto, não são as únicas opções que temos disponível quando falamos de instrumentos de poupança. Na verdade, existem várias alternativas que, segundo determinadas condições, podem assegurar uma maior rentabilidade, acabando por não afetar os benefícios fiscais.
É neste contexto que devemos questionar-nos se devemos continuar a expor-nos a comissões e taxas de juro que, devido à inflação, não nos permitem manter o nosso poder de compra. Na prática, apesar dos produtos de poupança serem uma forma de guardar dinheiro, é fundamental garantir que esses recursos não perdem valor ao longo do tempo devido à inflação. Por isso, é muito importante procurar produtos que ofereçam retornos reais positivos, ou seja, que superem a taxa de inflação.
Por fim, é importante entender que os produtos de poupança não são a única solução para todos os desafios financeiros. Estes devem ser vistos como parte de uma estratégia financeira mais ampla, tendo em consideração diversos fatores, como o orçamento pessoal, a gestão de dívidas, planeamento tributário e, consequentemente, a diversificação de investimentos.